quarta-feira, 30 de março de 2011

O ponto 4 é referente à escrita das notícias online. O ideal é o cruzamento entre a escrita para imprensa e transmissão televisiva: mais curta e concisa do que a imprensa e mais detalhada do que a escrita de transmissão televisiva. O autor afirma que a escrita deve ser activa.
O objectivo é escrever vivamente, com verbos fortes, verbos de acção, e o recurso a substantivos mais pesados, sedutores. Jonathan Dube refere que o estilo coloquial, de conversação até, é bem utilizado no mundo Web. A audiência online é receptiva a estilos de escrita menos formais, não convencionais.
Num artigo do site do maisfutebol (http://www.maisfutebol.iol.pt/jornal-do-incrivel/hercules-hercules-ipsojobs-esteban-vigo-anuncio-on-line-liga-espanhola-espanha/1241431-1473.html) temos um exemplo dessa escrita pouco formal, e na qual se dirige directamente ao leitor: “Tem curso de treinador e sabe lidar com estrelas? Então enquadra-se no perfil traçado por alguém afecto ao Hércules, último classificado da liga espanhola” – e assim começou o artigo.
Esta escrita menos formal não invalida que se respeite as tradicionais regras de escrita. O autor alerta que a qualidade da escrita é inconstante nas notícias do mundo Web. Resultado da recolha de informação fugaz, pouco cuidada, equipas pequenas e inexperiência dos jornalistas. Jonathan Dube considera que esta tendência é um erro, os leitores apercebem-se da escrita negligente e não perdoam. Ao contrário dos leitores de jornais tradicionais, os leitores online têm opções.
Da mesma forma que nós, enquanto leitores, criticamos um erro ortográfico ou registamos na nossa memória, também a selecção do que é notícia nos faz reflectir. Por exemplo, o Sport Lisboa e Benfica anunciou a contratação de um jogador brasileiro e o jornal i decidiu fazer um artigo sobre o jogador. O título era “Bruno César. Este Aimar brasileiro joga de boca aberta e tem dons de hipnotismo”. Nos comentários podemos observar:
·         vitor guerra Há 1 dia
Isso é importante. Tem o nariz entupido. Jornalismos ...
O leitor das notícias online é muito crítico e, por vezes, insolente, irónico, e isto deve-se ao anonimato e ao poder que os leitores sentem: poder da palavra, oportunidade de dar um feedback concordante com o que realmente sentem e pensam.

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